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Comex do Brasil em 2023: perspectivas e principais tendências

Com os recentes acontecimentos políticos e econômicos envolvendo a pandemia e a guerra na Ucrânia, o comércio exterior tomou rumos difíceis de serem avaliados. No caso do Comex do Brasil, isso não é diferente. Isso porque o mercado interno foi impactado por múltiplos choques que tornaram essas previsões ainda mais incertas.

Porém, ainda sim, é possível estimar alguns fatores importantes para os pequenos, médios e grandes empreendedores brasileiros. Quer saber mais sobre as perspectivas e principais tendências do Comex do Brasil para 2023? Continue com a leitura!

Comex do Brasil: perspectivas para 2023

Tendencias de transporte e importacao

Apesar das circunstâncias, a balança comercial brasileira deve encerrar o ano de 2022 com um superávit de R$13,5 bilhões, segundo as estimativas do Governo Federal. Com este saldo positivo, o Brasil começa 2023 com recursos para reduzir as dívidas públicas e melhorar a renda interna.

O saldo positivo, em grande parte, está relacionado com o setor agropecuário e a indústria extrativa, que registraram um aumento nas exportações nos últimos meses de 2022. Com destaque para a exportação de minério de ferro e seus derivados, soja, óleo bruto de petróleo, açúcar, carne bovina, entre outras mercadorias.

Confira o ranking dos 10 produtos mais exportados pelo Brasil.

Ainda assim, o conglomerado de eventos internos e externos envolvendo as eleições, as greves e o conflito dos países do Leste Europeu, vão impactar significativamente o Comex do Brasil. De modo geral, é provável que em 2023 o país enfrente alguns desafios envolvendo o mercado externo e os meios de produção interno. Aprofundamos este tema nos tópicos seguintes.

Exportações x importações

Exportações e importações brasileiras

No ranking dos países que mais exportam no mundo, o Brasil ocupou a 25° posição em 2021, com uma soma de US$ 281 bilhões exportados, o que representa 1,3% do comércio de exportações mundial. Em contrapartida, o país foi o 27° maior importador, com 1% das importações (US$ 235 bilhões).

Analisando este cenário, um dos grandes desafios do Brasil para o ano que vem será melhorar a colocação no ranking dos países que mais exportam. Isso porque embora o saldo seja positivo, o país possui e faz parte das 12 maiores economias do mundo, logo, este fator exige um melhor posicionamento se comparado a outras nações do mesmo porte.

No entanto, para elevar o volume de exportações, o Brasil deve estreitar a relação comercial entre a China, Estados Unidos e a Argentina, os maiores parceiros comerciais do país. Porém é justamente neste ponto, que encontramos outro desafio.

China e Argentina

Importações e exportações chinesas e argentinas

Quando o assunto é Comex do Brasil, a China, os Estados Unidos e a Argentina desempenham importantes parcerias com o nosso país. Isso porque os chineses são responsáveis por 31,3% das exportações brasileiras. Enquanto os americanos correspondem a 11,1%, seguido pelos argentinos (4,23%).

Embora, em outubro de 2022 tenhamos observado uma recuperação das exportações do setor agropecuário para a China, essa movimentação está longe de ser o suficiente para o Brasil, uma vez que, a previsão é que haja um enfraquecimento da parceria com os chineses.

O boletim Icomex da Fundação Getúlio Vargas, prevê um cenário desfavorável para 2023 em comparação com este ano. Isso porque tanto a China quanto a Argentina, já iniciaram as medidas de contenção de gastos com importações estabelecidas durante o ápice da pandemia.

Portanto, as exportações brasileiras para ambos os países podem desacelerar no ano que vem, o que também compromete o saldo superavitário, que até então, se mostrou bastante positivo.

Para os empreendedores brasileiros que participam ativamente do Comex do Brasil esse fator requer bastante atenção, pois ele interfere diretamente no mercado nacional.

Leia também o nosso artigo sobre os top 10 destinos das exportações brasileiras

Comex do Brasil: tendências para 2023

comex

De acordo com as informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil é o segundo maior exportador do segmento. É provável que em 2023, o país continue ocupando uma importante posição no fornecimento mundial de grãos (arroz, cevada, milho, soja e trigo).

Esse fator somado à retração da oferta de grãos e logística da Ucrânia e Rússia, favorece as vendas externas desses tipos de produtos. Não é à toa que a exportação brasileira de milho teve um aumento de 140% nos últimos meses. 

Além disso, o Brasil segue sendo o país com maior rebanho de bois, correspondendo a 14,2% do mercado global. O país deve permanecer nessa posição e tem grandes chances de aumentar a exportação de carne bovina, atualmente a mercadoria está na 5° posição no ranking de produtos que mais exportamos.

Como mencionamos no início do artigo, devido aos recentes acontecimentos relacionados a pandemia e os conflitos no Leste Europeu, não é possível estimar com precisão sobre as vendas de petróleos, minerais e outras mercadorias.

Comércio Mundial em 2023

O comércio mundial encontra-se em uma situação delicada. Embora os especialistas da Organização Mundial do Comércio (OMC) esperem um crescimento no volume do comércio mundial de mercadorias de 1,0% para 2023, o aumento é muito menor em comparação ao que estava esperado.

Dessa forma, se as estimativas da instituição estiverem certas, o Comex do Brasil também será afetado.

Camex

A Camex é uma associação sem fins lucrativos, que foi criada com o objetivo de promover conexão entre os interesses e necessidades dos poderes públicos e do setor privado do Alto Tietê, Vale do Paraíba e região.

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