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Produtos frescos e orgânicos prontos para exportação: qualidade que atravessa fronteiras.

Exportação de produtos orgânicos: normas, certificações e oportunidades de mercado

O consumo de produtos orgânicos cresce ano após ano no mercado internacional. Segundo o Research Institute of Organic Agriculture (FiBL), o setor movimentou mais de 135 bilhões de euros em 2022, mostrando a força da tendência global por alimentos saudáveis e sustentáveis.

O Brasil se destaca como grande produtor de orgânicos na América Latina, com cadeias produtivas sólidas em grãos, frutas, café, cacau e mel. No entanto, a nossa participação na exportação ainda é pequena diante do potencial disponível.

Para ampliar a presença no mercado externo, é essencial conhecer as normas e certificações internacionais. Elas são as chaves de acesso aos maiores consumidores: Estados Unidos, União Europeia e Japão.

Neste artigo, vamos mostrar como funcionam essas exigências e quais oportunidades estão abertas para a internacionalização dos orgânicos brasileiros.

O mercado internacional de produtos orgânicos

O setor de orgânicos cresce em média 8% ao ano, segundo a Organic Trade Association (OTA). Esse movimento é impulsionado por consumidores que buscam alimentos mais naturais, saudáveis e produzidos de forma sustentável. Além disso, há forte exigência de rastreabilidade, garantindo transparência da produção ao consumidor final.

Os principais consumidores globais são os Estados Unidos, Alemanha, França e Japão. Nesses mercados, produtos com certificação têm vantagem competitiva, já que atestam práticas de produção ambientalmente responsáveis e sem insumos químicos.

O Brasil possui grande potencial, especialmente em grãos orgânicos como soja e milho, frutas tropicais, café e cacau, além de mel e derivados. Produtos processados, como snacks e bebidas naturais, também ganham destaque nos mercados internacionais mais exigentes.

Normas e legislações internacionais

Exportar orgânicos exige adequação às legislações específicas de cada país. A diferença principal está entre a certificação nacional, válida apenas no Brasil, e a certificação internacional, reconhecida por importadores estrangeiros.

Entre os principais regulamentos estão:

  • NOP (National Organic Program – EUA)
  • JAS (Japanese Agricultural Standard – Japão)
  • Regulamento Europeu de Produtos Orgânicos – União Europeia

Essas normas estabelecem critérios de produção, armazenamento, transporte e rastreabilidade. Para garantir a conformidade, as empresas passam por auditorias periódicas, que avaliam práticas agrícolas, documentação e controle da produção.

Certificações obrigatórias e reconhecidas

No Brasil, certificadoras como IBD, Ecocert e IMOcert são credenciadas para emitir selos aceitos internacionalmente.

Existem dois modelos principais de certificação: individual, para empresas e produtores independentes, e em grupo, voltada a cooperativas e associações, permitindo redução de custos de auditoria.

O selo orgânico funciona como passaporte para o mercado internacional. Ele garante aos importadores que o produto atende aos padrões exigidos e deve ser mantido através de auditorias regulares e controle constante da produção.

Oportunidades para o Brasil

O país reúne vantagens naturais para a exportação de orgânicos: biodiversidade, clima favorável e extensão territorial, permitindo diversificação e produção em escala.

Além das commodities, há espaço para inovação e agregação de valor, com destaque para produtos processados, alimentos funcionais e produtos regionais diferenciados, como cacau amazônico e cafés especiais.

Apesar do potencial, ainda existem desafios a superar, como logística complexa, custos elevados de certificação e barreiras sanitárias. Contudo, com gestão eficiente e investimento estratégico, é possível transformar esses desafios em oportunidades para conquistar o mercado externo.

Conclusão

Os produtos orgânicos representam um mercado global em plena expansão. Para o Brasil, isso significa uma oportunidade estratégica de fortalecer a internacionalização da produção agrícola.

No entanto, o acesso ao mercado externo depende diretamente do investimento em certificações internacionais e da capacidade de agregar valor. Exportar apenas commodities já não basta: precisamos oferecer produtos processados, diferenciados e inovadores.

Quer preparar sua empresa para conquistar o mercado internacional de orgânicos? Converse conosco.

Em resumo

O que são produtos orgânicos?

Produtos cultivados sem agrotóxicos, fertilizantes químicos ou organismos geneticamente modificados, com práticas sustentáveis e rastreáveis.

Por que exportar produtos orgânicos?

A demanda internacional por alimentos saudáveis e sustentáveis cresce a cada ano, oferecendo oportunidades de mercado e agregação de valor.

Quais países consomem mais orgânicos?

Estados Unidos, Alemanha, França e Japão são os principais mercados consumidores.

Quais produtos brasileiros têm maior potencial de exportação?

Grãos, frutas tropicais, café, cacau, mel e produtos processados, como snacks e bebidas naturais.

Quais certificações são necessárias para exportar orgânicos?

Certificações internacionais como NOP (EUA), JAS (Japão) e Regulamento Europeu de Produtos Orgânicos, emitidas por certificadoras credenciadas como IBD, Ecocert ou IMOcert.

Qual a diferença entre certificação individual e em grupo?

Individual: para produtores ou empresas independentes.
Em grupo: para cooperativas ou associações, reduzindo custos de auditoria.

Como o Brasil pode se destacar no mercado internacional?

Investindo em certificações, agregando valor aos produtos e oferecendo alimentos processados, inovadores e diferenciados.

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