Blog

Exportar é uma estratégia poderosa para ampliar os negócios, diversificar receitas e explorar oportunidades em mercados internacionais. Ao atingir novos públicos e reduzir a dependência do mercado interno, empresas ganham competitividade e aumentam seu potencial de crescimento.

No entanto, o sucesso na exportação não depende apenas da qualidade do produto ou serviço: exige conhecimento técnico, atenção a detalhes regulatórios e um planejamento cuidadoso.

Muitas empresas, especialmente aquelas que estão dando os primeiros passos no comércio exterior, enfrentam obstáculos que poderiam ser evitados com uma preparação adequada. Erros simples podem gerar prejuízos significativos, desde atrasos logísticos até multas e perda de credibilidade no mercado internacional.

Neste artigo, reunimos os principais erros cometidos no processo de exportação, explicamos por que acontecem e mostramos como preveni-los com estratégias eficazes e boas práticas. Continue a leitura e prepare-se para exportar com mais segurança e eficiência!

Os erros mais frequentes na exportação

O processo de exportação envolve diversos fatores que devem ser avaliados e executados cuidadosamente para evitar falhas. Entre os erros mais comuns na exportação, destacam-se:

Falta de conhecimento sobre o mercado-alvo

Apesar de o estudo de mercado-alvo ser fundamental para qualquer empresa, ele é frequentemente negligenciado na exportação. Nesse contexto, é necessário analisar demanda, competitividade e comportamento do consumidor local para verificar a aceitação do seu produto.

Quando essa etapa não é feita corretamente, uma das principais consequências é a escolha errada do país destino. Como consequência, há dificuldade de inserção no mercado e surge frustração com os resultados.

Então, antes de selecionar o mercado em que pretende atuar, verifique se há espaço para o seu produto e as adaptações necessárias, usando fontes confiáveis. Isso garante melhores resultados e permite alinhar as expectativas com a realidade.

Incoterm inadequado

Incoterm (Termos Internacionais de Comércio) são regras que têm o propósito de estabelecer quais são os direitos e as responsabilidades entre o exportador e o importador em uma dada transação. Em outras palavras, ela estabelece quem faz o quê nesse processo logístico de deslocamento da mercadoria. Isso inclui decisões como:

• local de entrega da mercadoria;
• quem paga frete, seguro e tributos;
• obtenção de licenças de exportação e importação;
• contratação de transporte internacional.

Esse erro na exportação pode causar perdas financeiras significativas, muitas das quais poderiam ser evitadas. A escolha inadequada destes termos gera discordâncias entre as partes envolvidas, especialmente a responsabilidade em cada etapa do processo. Como consequência, há descumprimentos de obrigações contratuais, taxas, retenção da mercadoria e atrasos na entrega.

Classificação fiscal incorreta

Os exportadores devem classificar as mercadorias de acordo com a legislação vigente. A classificação consiste em atribuir um código à mercadoria, a fim de categorizá-la. O objetivo é permitir a identificação do item por meio de uma consulta rápida da numeração. 

A classificação fiscal incorreta é um dos erros mais comuns na exportação. As penalidades dependem da natureza e gravidade do erro, mas incluem:

• multas aplicadas pela Receita Federal;
• cobrança de tributos que não foram pagos ou recolhidos incorretamente;
• devolução ou apreensão de mercadorias;
• perda de benefícios fiscais.

Documentação incompleta

O envio de documentação incorreta, exigida por órgãos reguladores, também ocasiona apreensão de mercadorias, multas e outras formas de penalidades. As consequências das falhas na documentação envolvem desde o aumento dos custos operacionais até a perda da carga.

Para evitar erros na exportação, conheça os requisitos específicos do país destino, verifique se existem regulamentações específicas para o seu tipo de produto e assegure-se de que todos os documentos estejam consistentes entre si.

Subestimar o custo total da operação

Como a exportação envolve diversas etapas e exigências, é comum subestimar o custo total da operação, esquecendo-se de valores adicionais. Alguns exemplos incluem despesas com a movimentação de carga e o seguro internacional. Consequentemente, surgem problemas como:

• prejuízos na operação;
• lucros abaixo do projetado;
• desistência do empreendimento.

Como prevenir esses erros com boas práticas

O correto planejamento de exportação previne diversos problemas. Para superar as barreiras logísticas e atender o compliance internacional, siga estas dicas:

• pesquise o mercado-alvo e os Incoterms;
• escolha profissionais capacitados para o comércio exterior;
• conte com consultorias ou câmaras especializadas para suporte técnico e atualizações importantes;
• automatize processos com tecnologia para reduzir erros e otimizar o fluxo documental;
• calcule os custos logísticos e operacionais, considerando variáveis, antes de fechar o negócio.

O papel da capacitação e da estratégia contínua

O comércio exterior está em constante evolução, com atualizações frequentes em normas, exigências e oportunidades de mercado. Por isso, receber suporte técnico qualificado ajuda a acompanhar essas mudanças e aproveitar novos cenários.

Nesse sentido, investir em capacitação empresarial é indispensável. Isso inclui treinamentos, consultorias e participação em programas de incentivo à exportação, como o PEIEX, assim como o apoio de instituições como a CAMEX, que oferecem apoio e estratégias ao exportador.

Afinal, os erros na exportação são comuns, mas não inevitáveis. Informação e planejamento evitam classificações fiscais, documentações erradas e cálculo impreciso de custos da operação. A conformidade com as exigências é essencial para alcançar bons resultados no mercado externo.

Quer evitar erros na sua exportação? A CAMEX orienta empresas com segurança e experiência no mercado internacional.

Em resumo